Prisma de Mim Mesmo é a minha interpretação sonora sobre as cores do espectro visível.
Eu sou Lux (luz em latim) e me enxerguei na necessidade de interpretar o que cada uma das cores do espectro visível representa, já que elas também são refletidas em mim. Então, todo mês, entre dezembro de 2017 e agosto de 2018, realizei uma imersão temporal em cada uma dessas cores (do vermelho ao violeta) para criar uma obra musical a partir das experiências dessas imersões.
O conceito principal se originou de um prisma óptico: quando a luz branca passa por um prisma, é decomposta em diferentes cores e o espectro gerado a partir desse feixe luminoso são as cores monocromáticas. Só conseguimos enxergar plenamente quando estamos sob a luz, ou seja, a luz é determinante para a nossa visão, pois sem ela, as demais cores não podem ser refletidas para nós mesmos. Além disso, o prisma também é considerado de forma figurada como o modo de ver ou considerar algo.
No início do projeto, me propus a entender os cálculos físicos utilizados para converter cada cor à uma nota musical correspondente, porém em meus estudos percebi que, além de entender as frequências, comprimento das ondas luminosas e sua relação com as ondas sonoras, também deveria levar em conta as interpretações dos sentimentos que cada cor desperta para que uma música fosse composta. Surge então o lado mais poético e abstrato do projeto, possibilitando o desenvolvimento de versos, timbres, entonação e nuances em cada obra a partir da interpretação das cores.
É bem certo que a correlação entre as cores e o som já vem sendo abordada e estudada por diversos físicos, neurocientistas, psicólogos e outros interessados no assunto. Então, como embasamento teórico, esse projeto leva principalmente em consideração conclusões retiradas da pesquisa de Eva Heller que foi publicada no clássico livro sobre o assunto: "A psicologia das cores". Além disso, para chegar em minhas conclusões, também li algumas outras referências que deixo aqui para possíveis novos estudos: "The Visual Nature of Color" de Patricia Sloane, "A Souvenir of the Color Organ" de Bainbridge Bishop e a dissertação de mestrado "IMAGENS MUSICAIS ou MÚSICA VISUAL" de Felipe Salles defendida na PUC/SP em 2002.
Cada experiência e seus resultados estão publicados aqui nesse site. E para cada obra publicada, deixei também um texto descrevendo mais detalhes sobre cada experiência. Espero que através dessa perspectiva inicial, cada ouvinte possa avançar ainda mais com percepções infinitas sobre o que foi designado de uma forma tão única pra gente: a vida. Eu ainda sou o mesmo, só que agora tenho mais bagagens para levar comigo. Sabendo ou não como lidar com elas, prossigo.
Outras perspectivas sobre o projeto:
→ https://reverb.com.br/artigo/artista-carioca-une-cores-sons-e-sensacoes-em-projeto-musical
→ http://nova.fr/le-bresil-daujourdhui-sonne-comme-lux-ferreira
→ http://monkeybuzz.com.br/ouca/bandas/25985/ouca-lux-ferreira/
→ http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2018/03/12/lux-ferreira-amarelo/
→ https://jessicasenra.onfabrik.com/portfolio/prisma-de-mim-mesmo